Vinho e sedução: Veja como escolher o vinho e o cardápio para uma noite romântica
O vinho certo pode fazer toda a diferença na hora da sedução e transformar uma noite já especial em um momento ainda mais sensual.
Vinhos “redondos” – não é só a cerveja que desce assim – e pratos leves podem ser como preliminares que conquistam o parceiro e antecipam uma noite ardente. Vinhos mais suaves e femininos são a aposta do sommelier francês Guillaume Turbat, que vive no Brasil.

Foto: Divulgação
“Um vinho mais suave é importante para ter fôlego depois”, brinca Guillaume. “Escolher o vinho é como a escolha da lingerie”, compara a sexóloga e ginecologista Carolina Carvalho Ambrogini. O fato de degustar o vinho, aos poucos e lentamente, cria um clima e também um ritual, que quebra a rotina e estimula o sexo. Afinal, “não se toma um vinho como um refrigerante”, diz a sexóloga. Para o sommelier Rodrigo Gomes, da Bodega Franca, o vinho é a bebida mais romântica: “o espumante, ainda mais, simboliza o romance e o glamour”, diz ele. “Quando a pessoa vê champanhe com morango já percebe a segunda intenção”, completa Carolina.

Foto: Divulgação
Já entre os vinhos tintos “perfeitos” para a ocasião, Guillaume indica um rótulo com nome já sugestivo: o francês (como o sommelier) Saint Amour, que ele chama de “vinho dos apaixonados”. Gomes elege um tipo também francês, o Pinot Noir da Borgonha, o mais sedutor. “Ele é suave e tem uma acidez legal. Não à toa, essa uva é conhecida como a mais feminina que existe”, conta o especialista.
O que evitar em uma noite com segundas intenções
Não é nada agradável ficar com a boca “amarrando” por conta do vinho e acabar sem beijos. Tampouco “lembrar-se” do jantar por horas quando a vontade é cair na cama com seu amor.
Para isso, é preciso fugir dos vinhos considerados mais poderosos ou potentes, como explica o sommelier Turbat, da distribuidora Chez France, especializada em vinhos franceses.
Gomes também dá um exemplo do que deve ser evitado para não botar sua noite de amor a perder: um malbec argentino mais encorpado com carne vermelha como chorizo é um exemplo. “A digestão é mais difícil, leva horas, o que não é ideal para uma noite de amor”, explica o sommelier.
Se a opção do jantar é um fondue de queijos em casa, o sommelier Paulo Brammer, jurado da Decanter Awards, veta os vinhos tintos. “A acidez e a temperatura do queijo podem acentuar os taninos e, eventualmente, a sensação de secura e adstringência desconfortável”. “Aposte em brancos secos frutados, combinação ideal com a riqueza do queijo”, indica ele.
E quando um dos dois não bebe?
Há mulheres que não gostam muito de álcool e homens também – por que não? Nesses casos, o que fazer para não quebrar o clima? Carolina sugere um suco de uva para acompanhar o vinho. “Também pode fazer um curso para degustar e apreciar. Quem sabe a pessoa não se anima a degustar?”, indica a sexóloga. “O casal precisa de assuntos em comum, de hobbies. O vinho pode se tornar esse hobbie, que une o casal”, explica ela.
Com a Lei Seca, tornou-se mais comum a mulher ou o homem deixarem de beber para dirigir, conta Gomes, que dá a solução para quem vai tomar um vinho: pedir uma taça ou meia garrafa.
Opções que não “pesam”
Com a ajuda de cinco sommeliers, o Terra selecionou 17 opções de rótulos e harmonizações com pratos que não vão “pesar” (no estômago) em um jantar romântico de Dia dos Namorados. Pelo contrário, vão estimular momentos mais picantes para o casal. Confira rótulos de diferentes faixas de preço, para que também no bolso o vinho caia bem.
Sommeliers consultados
Guillaume Turbat, da Chez France
Manuel Luz, da Wine
Paulo Brammer, jurado da Decanter Awards e International Wine And Spirits Competition
Rodrigo Gomes, da Bodega Franca
Tatiane Cernic, da VCT Brasil